Meu filho não quer comer! Essa é uma queixa comum das mamães nos consultórios de pediatras e nutricionistas!
Que mãe nunca passou pela árdua tarefa de tentar fazer o filho comer, após todo o trabalho de preparar a refeição e vê-lo de cara feia, se recusando?
Todas as mamães ficam preocupadas quando o seu filho não se alimenta bem, mas a pergunta é : quando devemos nos preocupar? É importante observar se o problema é a falta de apetite da criança ou ansiedade dos pais!
A partir do segundo ano de vida, o ritmo de crescimento da criança cai, e sua necessidade de calorias diárias também. É claro, que isso reflete no apetite da criança, que diminui.
É comum, que a origem da falta de apetite seja comportamental, pois é justamente nesse período, que a ansiedade dos pais acaba afetando a criança, que acabam deixando que a criança coma guloseimas, o que é claro, vai influenciar na falta de apetite na hora da refeição! Além disso, nessa idade a criança já começa a selecionar o que quer comer, e algumas vezes não consegue se concentrar no ato de comer, afinal à sua volta existe um mundo de curiosidades : barulhos, televisão ligada, conversas, gerando distração.
A recusa também pode ser pra chamar atenção dos pais, principalmente se a criança souber que ao recusar os pais tentarão diversas táticas, como aviãozinho e brincadeiras.
É importante observar também se a falta de variedade de alimentos não gera desinteresse, como repetir o mesmo cardápio sempre! Se o gosto, cor ou textura realmente não agradam a criança!
As características funcionais das papilas gustativas são determinadas pela genética. Isso significa que, ao nascer, a criança já tem algumas preferências (e aversões) alimentares que precisam ser levadas em consideração.
Mas essa falta de apetite, de origem comportamental tem solução sim! Tenha paciência e seja
firme (e flexível, de vez em quando). Segue algumas dicas que ajudarão a inverter o quadro :
firme (e flexível, de vez em quando). Segue algumas dicas que ajudarão a inverter o quadro :
- Estabeleça horários para as refeições e para os lanches, com intervalos de duas a três horas para crianças entre 1 e 6 anos e de três a quatro horas para os que estão em fase escolar.
- Não troque a refeição principal por outro alimento. Se a criança não quiser comer, aguarde meia hora ou uma hora e ofereça novamente a mesma comida. Se ainda assim ela recusar, espere mais tempo até que ela dê sinais de está com fome. Mas, antes de tudo, certifique-se de que ela gosta do que está sendo oferecido.
- Criança troca facilmente a refeição pelo suco. Por isso, limite a ingestão de líquidos (sucos e água) durante a refeição (antes ou depois dela, libere). A capacidade gástrica da garotada é limitada e não vale a pena enchê-la com líquido. Vai faltar espaço para a comida. Espere a criança comer parte da refeição para então oferecer suco ou água e deixe o refrigerante para os finais de semana.
- Esqueça artimanhas do tipo "se comer tudo, ganha um brinquedo", "se não comer, fica de castigo". Caso contrário ela vai supervalorizar o prêmio e odiar a comida, que a castiga. Seja honesto com seu filho.
- Seja firme com a criança, mas não extremamente rígido, para não deixá-la angustiada e ansiosa. Um chocolate fora de hora, de vez em quando, até que faz bem, é divertido e gostoso.
- Criança pequena tem estômago pequeno, por isso nem adianta encher muito o prato. Senão só de olhar, ela já vai ficar saciada. Coloque pouca comida e, se a criança quiser repetir, coloque menos ainda.
- Evite artifícios como "aviãozinho", "televisão" e "disfarçar os alimentos". Eles duram pouco e você vai ter que estar sempre inventando novidades. Haja imaginação!
- Visite o pediatra, sempre.
Apesar dos toques, o pediatra é a única pessoa que tem condições de diagnosticar se a diminuição de apetite da criança é natural, de origem comportamental ou orgânica.
Neste último caso, ela se dá porque a criança está com alguma doença infecciosa ou com carência de nutrientes como vitaminas e minerais.
Se ela costuma ficar apática, pálida, fraca, sem fome, muito sonolenta, com a pele seca, os cabelos finos e quebradiços, com rachaduras nos cantos da boca, com as gengivas sangrando e está perdendo peso, há grandes chances de que esteja com deficiências nutricionais.
E, mais uma vez, somente o pediatra poderá prescrever o melhor tratamento: mudança de hábitos alimentares, ingestão de suplementos de vitaminas e minerais e estimuladores de apetite.
As mães que insistem em dar
suplementos nutricionais, sem orientação, podem estar contribuindo
para que seu filho torne-se um obeso. Pois a energia extra que a criança
está recebendo, sem precisar, passa a se acumular em seu tecido
gorduroso. Mas, o que poucas mães sabem, é que o número
de células gordurosas de uma pessoa é definido na infância
(até 2 anos de idade) e existindo um número muito grande
de células adiposas, no organismo adulto, para a pessoa controlar
seu peso é mais difícil. Ao contrário daquela pessoa
que, na infância, recebeu uma dieta balanceada e produziu um número
normal de células gordurosas.
É fundamental falar um pouco
sobre "Necessidades Nutricionais" da criança. Pois é de suma
importância que as mães saibam que existe um motivo real para
o fato de seu filho ir perdendo o apetite à medida de cresce.
Veja as Recomendações
de Ingestão Energética para crianças de 0 a 10 anos
de idade:
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É aproximadamente aos 8 anos, que os problemas de alimentação começam a desaparecer, mas até lá é preciso ter paciência e perseverança para se educar nutricionalmente e estimular bons hábitos alimentares, e caso você também precise de uma reeducação alimentar, tá aí uma ótima oportunidade para mudar os seus hábitos e se alimentar de maneira mais saudável!!!
Beijos e até a próxima!
fontes : http://www.hbpscs.com.br
http://www.nutriweb.org.br