quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Lilith – A Essência do Feminino


Os relatos mais difundidos sobre Lilith se encontram no Talmud, o livro dos Hebreus e ele nos leva a crer que Lilith seja um demônio, um espírito noturno que assombra o sonho de homens e mata criancinhas recém nascidas.
O mito hebreu nos conta que ela foi criada ao mesmo tempo que Adão, mas que foi moldada em terra e esterco. Embora suja Lilith era igual ao homem, com criação independente, diferente de Eva, que foi criada de uma costela de Adão.
Sendo igual, Lilith não se submetia a autoridade masculina e durante a relação sexual  Lilith questiona seu lugar sugerindo em ficar por cima.
Diferente dos animais e de suas fêmeas que ficavam por baixo dos  machos nas relações e que obedeciam e temiam Adão, Lilith tinha desejos e como seu único companheiro não os aceitava ela preferiu fugir  e viver com os outros únicos seres existentes: os demônios.
O mito de Lilith relatado pelos hebreus é na verdade o marco do início do patriarcado e ele registra a necessidade de legitimar a superioridade masculina.
Da anterior civilização sumeriana, o nome Lilith é derivado do nome Lil, a Rainha do Céu, que significa ar ou tempestade – o lado escuro e selvagem da deusa Inana. Lilith também está relacionada com a coruja - ave de rapina, noturna, silenciosa e que assim como a águia enxergar minuciosamente, porém na escuridão! Não obstante, ela é símbolo da sabedoria, que enxerga o que está oculto.
Era de Lilith que os homens medievais temiam pq os mitos da época a endemoniavam, pois ela incorpora o espírito do feminino livre, sexual, animal...
Ela representa aquela mulher que não foi moldada pelo Logus, que não foi bloqueada pelas exigências culturais e que vive de acordo com seus desejos individuais, puros, não se sujeitando às expectativas.
Ela é o protótipo da mulher real, verdadeira para si mesma, inteira e que prefere viver com os “demônios” ou as suas imperfeições a macular sua natureza por conforto, status ou dinheiro. Lilith é a mulher selvagem que abre mão do paraíso caso esse não lhe permita viver por inteiro. É aquela que ousa ver no escuro como as corujas, e abre mão do companheiro perfeito escolhido para ela pela educação e ousa viver a vida a partir de suas próprias experiências e escolhas, seguindo seus instintos com a coragem de uma leoa.
 É a mulher que ama a si mesma acima de qualquer homem e não se envergonha por isso.
É o que a torna rebelde para as autoridades e as regras sociais, mas lhe dá autenticidade, segurança e graça!
Lilith, a mulher original é força, potencialidade e fecundidade assim como a terra adubada (c/ esterco). Ela é o que todas nós somos no fundo do coração!

“Não posso conformar minha vida a modelos, nem jamais poderei constituir um modelo a quem quer que seja; mas é totalmente certo que dirigirei a minha vida segundo o que sou, aconteça o que acontecer. Fazendo isso, não defendo nenhum princípio, mas algo bem mais maravilhoso – algo que está em nós, que queima como fogo da vida.”
“Não posso ser fiel a ninguém, que não seja a mim mesma!”
(Lou Andréas Salomé   (uma Lilith do séc. XIX –  foi contribuidora e musa inspiradora de Nietzche, Rike, Freud e que lhes marcou a vida intensamente)  
A ela minha mais profunda admiração!
Um convite para conhecermos as heroínas reais: Hetaira Circulo de Estudos apresenta: Luas, Arquétipos e Mulheres da História, em 2012. Bem vindas!






Um comentário:

  1. Boa tarde!!
    Deixaram um comentário no meu blog com o nome de SaraCosta, por favor me escreva no email casinhadepano@gmail.com que te passo todas as informações, ok??
    Tenha uma ótima semana!!

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