Depois da apresentação não tem jeito, sempre de cara preciso escrever um pouco mais de mim e o que faço. Já escrevi por aqui uma vez sobre Shantala, mas resolvi repetir a dose! rs
São poucas as pessoas que conseguem equilibrar trabalho com prazer e nesse caso, tenho convicção que faço parte dessa estatística. Sou fisioterapeuta e trabalho com Shantala e vejo nessa técnica de massagear e amar o bebê uma forma de ajudar o pequeno a conhecer o mundo suavemente, com o carinho das mãos.
Já pensou como é para o bebê abrir os olhos e ver o mundo? Ser tocado, pego por diversos colos logo após o nascimento? É como se tudo estivesse do avesso, afinal antes ele estava dentro da mãe. A pergunta é: - O que devemos fazer para reforçar as impressões do passado (gestação) e ajudar o bebê a conhecer o mundo?
Massagem, muita massagem! O que o bebê precisa para se sentir seguro, é ser pego, massageado, acalentado, afinal foi à segurança do contato contínuo na pele durante a gestação que traduz a sua primeira memória.
Na contramão do que aprendemos
Tão simples! Não é preciso andar na contramão tentando deixar o bebê chorar no berço para ele não ficar mal acostumado. Isso sim é prejudicial ao desenvolvimento sadio do bebê.
Às vezes me pregunto porque abracei Shantala. O que eu quis resgatar internamente quando conheci a técnica em 1999 é um segredo do meu coração. Mas vejo nela, uma oportunidade incrível dos pais ficarem perto dos filhos e de quebra ainda trazer benefícios físicos e orgânicos.
A técnica indiana e milenar e trás consigo uma sabedoria popular descoberta pelo Dr. Frédérick Leboyer que numa viagem a Índia, observou uma mãe numa rua de Calcutá massageando seu bebê com uma intimidade e interação encantadora. Leboyer fotografou em dias consecutivos e ao publicar o livro no Brasil deu o nome da massagem de Shantala, pois esse era o nome da jovem mãe.
A massagem é realizada num local tranqüilo, acolhedor e aquecido, com o bebê desnudo sobre as pernas estendidas da mãe. A aplicação dura de 15 a 30 minutos, dependendo da aceitação ao toque e usa-se óleo de origem vegetal para facilitar o deslizamento das mãos. A partir de um mês de vida os bebês já podem receber Shantala e não há restrições em iniciar com os mais grandinhos.
É simples, porém profunda! Para que os benefícios aconteçam é preciso se comunicar com o bebê. Não da forma como estamos acostumados, falando, mas através do toque. E por isso, Shantala mostra-se tão eficiente, ajudando os pais a conhecerem o corpo do seu bebê e como eles se comunicam.
Em resposta, o bebê dorme melhor, libera os gases com mais facilidade, prevenindo as famosas cólicas e prisão de ventre. A massagem estimula a resistência imunológica, amplia respiração e diminui o stress.
A criança cresce sadia emocionalmente, pois recebeu de sobra o que mais precisamos e guardamos na nossa memória, seja da pele ou do coração, carinho e amor!
Esse mês tem Curso para pais, filhotes e casais grávidos em São Paulo e Rio de Janeiro!
Denise Gurgel